Dragon Boy é um mangá de Akira Toriyama, mesmo criador de Dragon Ball. A história fala de um menino que treina artes marciais. É conhecido pela sua força e outra característica: possue asas. Dragon Boy foi publicado no Brasil em 2007 pela Conrad Editora, no encadernado Marusaku.
História
Em meio à selva africana, vivia um leão chamado Panja. Ele era um leão branco e queria dar a todos os animais selvagens um abrigo livre do medo dos homens e do medo de outros animais. E, em grande medida, ele é bem sucedido. Seu único erro: libertar o gado das vilas vizinhas.
Graças a isso, dois caçadores profissionais são contratados para dar um fim aos ataques de Panja. Eles tentam evitar atacar diretamente o leão usando seu amor por sua companheira leoa, gravando os rugidos dela para usar como chamariz, só que isso não faz Panja cair na armadilha. Em seguida eles capturam a leoa e a escondem em um desfiladeiro e quando o fazem ir até lá, matam-no e levam a leoa para um zoológico de navio.
Nesse navio, ela dá a luz a Kimba e ensiná-lhe os ideais do seu pai, os quais ele põe em prática quase imediatamente, tornando-se amigo dos ratos do navio. Durante uma tempestade que acabaria por virar o navio, ela diz para ele fugir e voltar para a selva para ocupar o seu lugar de direito no trono do pai.
Kimba consegue fugir, prometendo voltar para a selva, mas se perde no oceano e vai parar na civilização, aonde anda por muitas cidades como Londres e Paris e conhece bons e maus humanos, além de admirar-se com as tecnologias dos homens.
Depois de certo tempo, Kimba consegue chegar à África aonde encontra problemas: o leão Bobo havia se proclamado rei e não gosta de saber da volta do herdeiro legítimo. Kimba reconquistar o reino, não sem luta, e a partir daí, tenta tornar o mundo animal mais civilizado, em especial, fazendo com que não mais se coma carne e ensinando os animais a falar como humanos. Há resistência a essas mudanças, mas o novo rei conta com muitos aliados como Poly, o papagaio, Bucky o antílope, André, o mandril e diversos outros animais, assim como o humano Jonathan. Até que Kimba se torne adulto passam por diversas aventuras.Como a sua morte ele se matou para dar sua pele e carne para salvar seu amigo da morte.
Personagens
Kimba (Leo, no original): o jovem leão branco nascido em um navio e órfão tenta voltar para o reino de seu pai aonde pretende assumir o trono, mas perde-se no caminho e vai parar em meio à península Arábica. Mais tarde, passeando por grandes cidades, aprende muitas coisas com os homens e sobre eles. Kimba retorna à África aonde obtém de volta o seu trono para tentar melhorar a vida dos animais.
Poly (Koko, no original): um papagaio pertencente à dona de um grande hotel que o maltratava, deixando-o acorrentado e batendo nele. Tornou-se livre e conheceu Panja, o pai de Kimba, admirando-se com sua força e bondade. Mais tarde fazendo o possível para ajudar o filhote de Panja.
Bucky (Tomy, no original): uma jovem gazela-de-Thomson macho. Atrapalhado e muitas vezes medroso, Bucky acaba se metendo em várias confusões. Sempre ajuda Kimba a sair de seus problemas, correndo para lá e para cá e gritando muito, isso quando não é ele a colocá-lo em apuros.
Daniel (Mandy Mandrill, no original): Daniel é um mandril sábio e prudente, mas seus conselhos nem sempre são seguidos por Kimba que prefere seguir seus próprios instintos, colocando por vezes a própria vida em risco. A maior parte do tempo está dando conselhos sobre solucionar os problemas na selva, mas de vez em quando também causa algumas dificuldades pela recusa em aceitar inovações e em entendê-las.
Léia (Liya, no original): perdeu os pais quando jovem e é criada pelo tio, Majestica, leão de pelagem pintada líder de um bando das montanhas. Conheceu Kimba e apaixonou-se por ele, mesmo contra a vontade do tio. No mangá eles se tornam adultos e ficam juntos, mas na primeira versão do anime, isso não chega a acontecer.
Bubu: leão inimigo de Panja que se apossou do trono de Kimba por julgá-lo morto. Não protegia os animais mais fracos e mantinha a lei da selva, sendo ele o rei. Após o retorno de Kimba, tenta junto de seus companheiros, as hienas Dick e Bow e a pantera negra Tot, tomar o reino através de diversos planos.
Jonathan (Kenichi, no original): humano que resgatou Kimba quando o navio em que estava naufragou
e ele foi parar na península Arábica. O levou junto com seu tio Higeoyaji, e Mary, sua namorada, para conhecer o mundo dos seres humanos. No mangá, Kimba volta para a África em uma expedição junto com ele, mas na versão original do anime, o avião em que Jonathan viajava cai em meio à selva africana e ele reencontra Kimba. Ajuda o pequeno leão, por exemplo, quando pesquisa as origens de Kimba e descobre sua descendência de Andrópolis, um leão egípcio que bebeu uma poção da sabedoria.
Polêmica entre Kimba e O Rei Leão
Em 1994, a Walt Disney Company lançou nos cinemas o desenho animado The Lion King. Com o sucesso, muitos fãs da animação japonesa notaram diversas semelhanças entre ele e o anime de Osamu Tezuka.
Entre as semelhanças estão, por exemplo, o nome dos personagens principais, Kimba e Simba ("Simba" significa "leão" em Suaíli), a morte do pai deles, alguns personagens secundários,[1] como o mandril Daniel e o babuíno Raffiki, os pássaros Poly e Zazu e até os vilões Bubu e Scar. Algumas cenas também são bastante parecidas.[2]
Na verdade, uma versão da história diz que o nome original do personagem Kimba seria Simba, mas na época da chegada do desenho aos Estados Unidos da América, já havia uma marca de bebidas registrada com o nome e eles resolveram trocá-lo para não haver problemas com merchandising, no caso de o desenho fazer sucesso.
Há diversos boatos envolvendo essa polêmica, dois deles afirmam que Simba era originalmente um leão branco, como Kimba, mas a cor do personagem foi trocada posteriormente[3] e que apesar de a Disney afirmar que ninguém na companhia jamais havia ouvido falar de Kimba, foram vistos alguns desenhistas assistindo a episódios de Kimba durante a produção.[3] Na época do lançamento do filme, os herdeiros de Tezuka chegaram a mover uma ação contra a Walt Disney Company, para solicitar que ao menos o nome de Osamu aparecesse nos créditos, mas desistiram.
O mangá
O mangá de Kimba começou a ser publicado na revista Manga Shonen (Comic Boy) em 1950. Foi a primeira série de longa duração publicada por Tezuka e o primeiro grande sucesso dele em Tóquio, justamente no início de sua carreira. O traço do desenho é bastante caricato e contou apenas com três volumes — redesenhados e republicados diversas vezes posteriormente — que contam a história de Kimba: a infância na sociedade humana, a sua chegada na selva e seu desgosto com os animais até o seu reinado e morte.
Jungle Taitei (1965)
Na série animada original, o roteiro se diferencia do mangá, pois Kimba nunca se torna adulto e o final trágico em que ele morre para salvar um amigo do frio não existe. Durante o período de produção, um contrato entre as redes de televisão Fuji TV, japonesa, e a NBC, americana, foi o responsável por essas mudanças.
A NBC queria um desenho com o qual houvesse uma maior identificação por parte das crianças e um leão adulto tornaria isso mais difícil,[3] portanto, ficou acordado que se essa versão fizesse sucesso, seria produzida uma segunda temporada continuando a história e seguindo mais fielmente o mangá.
Outro problema seria o final trágico da série, que não chegou a ser animado para essa série. Apesar disso, a NBC realizou diversas alterações e edições nos episódios para minimizar cenas de luta, além de não exibir outros. É devido a isso também, que os episódios contam histórias isoladas, não formando um arco maior que evolui ao longo do tempo.
Foi a primeira série de animação colorida do Japão (a primeira animação colorida, chama-se Dolphin Prince), sendo exibida no Brasil entre 1970 e 1975 na TV Tupi com bastante sucesso e por isso, reprisada mais tarde na Fox Kids em 1998, na TVE Brasil e no Boomerang.
Outras
Outras duas séries ainda foram produzidas, bem como dois filmes animados, Chouhen Jungle Taitei e Jungle Taitei Leo, exibidos respectivamente no Japão em 1966 e em 1997.
A série, Jungle Taitei Susume Leo (1966), é a continuação da série anterior, agora mais fiel ao mangá e realista. Conta com sensível melhora na animação. Trata de Kimba na fase adulta, casado e com filho e traz novos personagens. Apesar dos problemas financeiros com as companhias envolvidas em trazê-la para o Ocidente, foi exibido nos Estados Unidos em 1984.
A outra, Jungle Taitei (1989), uma recontagem da história original, sendo diferente de todas as outras versões da história. Não contou com a participação de Osamu Tezuka para ser produzida e não fez muito sucesso, provavelmente devido às alterações feitas no roteiro.
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