Mangás e animes
Essa lista traz apenas as obras de maior destaque do autor. Os anos citados ao lado de cada título referem-se ao período de serialização de cada mangá.
Ma-chan no Nikkichou (O Diário de Ma-chan), 1946. A estréia de Tezuka como desenhista profissional de mangá se deu com essa tira no jornal Shokokumin Shimbun em Osaka. Ele tinha dezessete anos quando começou a publicar as tiras.
Shin Takarajima (Nova Ilha do Tesouro), 1947. Este é o mangá que tornou Tezuka famoso no Japão. É uma história de ação sobre um menino chamado Pete que acha o mapa de um tesouro e parte em busca deste. Baseado no livro de seu amigo do grupo de mangakás de Kansai. Seu estilo ocidental e sua narrativa inovadora atraíram muita atenção e o tornaram um best-seller com 400.000 cópias vendidas abrindo terreno para a mania de mangá e seu estilo moderno.
Jungle Taitei (Kimba, o Leão Branco) 1950—54. Mais conhecido no Ocidente como Kimba, o Leão Branco, este mangá estabeleceu uma das mais icônicas criações de Tezuka. Sua primeira obra seriada de longa duração segue as aventuras de Leo, o leão, e sua tentativa de suceder seu pai, morto por um caçador, como rei da selva. Em 1965, a Mushi Productions fez uma série animada baseada no mangá, a primeira animação colorida da televisão japonesa. Alguns fãs são de opinião que a história foi plagiada pela Walt Disney Company em 1994 como O Rei Leão[8] e que Tezuka nunca recebeu crédito da Disney pela criação, muito menos dinheiro.
Tetsuwan Atom (Astro Boy), 1952—68. A seqüência de Captain Atom faz de Astro Boy o personagem principal. Eventualmente, esta se tornaria a mais famosa criação de Tezuka. Em 1963, Astro Boy estréia como o primeiro programa comercial animado da televisão japonesa. O programa semanal de trinta minutos obteve altos índices de aprovação do público e da crítica, e gerou a primeira mania de anime no Japão. No Brasil somente a versão de 2003 foi exibida. Diversas outras séries de Astro Boy têm sido feitas desde então.
Ribbon no Kishi (A Princesa e o Cavaleiro), 1953—56. Título que relata as desventuras da Princesa Safire, que precisa fingir ser um homem por que o trono da Terra de Prata só pode ser ocupado por homens. O mangá tem forte inspiração nos temas e estilos dos musicais do Teatro de Takarazuka a que Tezuka assistia em sua juventude.[9] O próprio Ribbon no Kichi criou um gênero inédito no mundo, o de quadrinhos que tem como público alvo as meninas (chamado shojo) e estabeleceu muitos dos temas dos shoujos posteriores. Foi transformado em anime em 1967 e exibido no Brasil entre 1973 e 1984, com enorme sucesso.
Hi no Tori (Pássaro de Fogo/Phoenix), 1956—1989. A obra mais profunda e ambiciosa de Tezuka, lidando com a busca do homem por imortalidade, estende-se do passado distante ao futuro longínqüo. Continua inacabada.
Black Jack, 1973—83. A história de Black Jack, um talentoso cirurgião que cobra enormes quantias para realizar cirurgias. Este é o mais longo trabalho de Tezuka. A obra recebeu o Japan Cartoonists' Association Special Award em 1975 e o Koudansha Manga Award em 1977.
Buddha (Buda), 1974—84. A visão de Tezuka da vida de Buda. A série é aclamada como sendo retrato fiel da época de Buda, apesar das liberdades criativas que Tezuka dá a si mesmo.
Adolf ni Tsugu (Os três Adolfs), 1983—85. Um mangá que se passa pouco antes da Segunda Guerra Mundial, centrado em três pessoas com o nome Adolf: um judeu, um alemão, e o próprio Adolf Hitler.
Magma Taishi, 1966–1967. Primeiro Tokusatsu colorido.
Entre outras animações produzidas por Osamu e exibidas com sucesso no Brasil podemos citar: Don Drácula, Visitantes do Espaço (também conhecido como Os Três Espaciais) e Jet Marte - O Menino Biônico (uma variação high-tech do Astro Boy).
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